A raiz dunha entrada no site de DiárioLiberdade que recolle esta valoración do filme "la cecilia" do blogue brasileiro Naúfrago da Utopia que titula: "O Blogue Orgulhosamente Apresenta um Filme sobre a Colônia Cecília" do que colamos un extracto para animar a acodir este vindeiro martes as 21:00' á Ghavilla para visionalo en pantalla grande con son amplificado e boa compañía, e se xurde, posterior debate.
Mais antes decir que este Cinema-Forum seguirá no mes de febreiro, onde imos proxectar varios documentais ao respeito das luitas veciñais, para o que xa temos contactado con Xosé Bocixa para que estexa con nós en 11 de febreiro no que visionaremos o seu documental "As Encrobas. A ceo aberto" realizado en 2007 sobre a desaparición física da parroquia de Encrobas, devorada pola mina de lignito que Unión Fenosa explota desde o ano 77 e na que Bocixa revive 30 anos despois o que se diu en chamar "A Revolta das Encrobas", mais disto xa falaremos, pero ide tomando nota.
Colamos pois a crítica de "La Cecilia":
O filme La Cecilia (d. Jean-Louis Comolli, 1975) resgata um episódio histórico pouco conhecido entre nós, embora aqui transcorrido (no Brasil, NdeAG): a implantação de uma colônia rural no Paraná, por parte de anarquistas italianos.
O experimento durou cerca de quatro anos, entre 1890 e 1893. Houve muito entusiasmo no início, mas depois foram aflorando os problemas que acabariam levando à extinção da colônia.
A Cecília chegou a ter 250 moradores, houve defecções em massa, a chegada de novas levas de pessoas atraídas pela divulgação nos círculos libertários europeus, etc. Alguns desistentes migraram para Curitiba, onde fundaram a Sociedade Giuseppe Garibaldi.
É o que o filme mostra, de forma dramatizada e com evidente simpatia pela causa.
Sendo tão raras as produções que enfocam episódios históricos ligados ao anarquismo, temos mais é de difundi-las e recomendar a sua discussão.
Chega a ser chocante que, em meio a tanta tralha produzida no Brasil, ninguém haja realizado um filme sobre a Colonia Cecília. Nem sobre a importantíssima greve geral de 1917, a primeira com maior abrangência em nosso País, tendo sido dramática, sangrenta, longa e... vitoriosa!
A tutela do sectário PCB sobre a historiografia de esquerda implicou a minimização tanto da Colonia Cecília quanto da greve de 1917, durante décadas. Quando as bandeiras negras anarquistas foram erguidas nas barricadas parisienses em 1968, o interesse dos historiadores por ambas foi reavivado, daí resultando livros e estudos acadêmicos que dimensionaram melhor sua relevância.